O Top 10 está de volta. Resolvi fazer uma
lista com um Top 10 de livros de vampiros, sejam romances ou fonte de
informações, com alguns comentários. Atendendo a pedidos, estamos
colocando mais livros, conforme lemos e recebemos para resenha ou
compramos. Vamos manter os itens que saíram da lista (mesmo que
temporariamente) como dica para o pessoal. Colocaremos a partir de
agora, as sagas e trilogias em um único item para caber mais livros
(além de um livro ser sempre necessário para o seguinte, portanto é
desnecessário colocarmos três itens só para Anne Rice, por exemplo).
Aqui vai:
1. As Crônicas Vampirescas (The Vampire Chronicles) – Anne Rice
Livro 1 – Entrevista com o Vampiro
As
“Crônicas Vampirescas” era para ser uma trilogia e acabou rendendo 10
livros. Este teve uma excelente adaptação para o cinema (Vide Top 10 filmes de vampiros),
embora a história tenha sido alterada para a versão cinematográfica, em
1994. O conflito básico de Louis está presente tanto no livro como no
filme, mas os motivos de sua transformação, entre outras coisas, tem uma
diferente base. Se puderem achar a excelente tradução de Clarice
Lispector, recomendo altamente. Só tem a versão importada daquelas mais simples no submarino. Em português, vale a pena conferir a tradução da Clarice Linspector. Encontramos exemplares nessas livrarias
Evil is a point of view. God kills indiscriminately, and so shall we. For no creatures under God are as we are; none so like him as ourselves. (Lestat – no filme homônimo)
Escrito em
1973 e publicado em 1976, o romance já é um clássico. Apresenta o
enigmático e complexo vampiro Lestat, cuja personalidade e cujos motivos
serão abordados de forma mais profunda na obra seguinte, “O Vampiro
Lestat”, cuja leitura também recomendo.
Locked together in hatred. I can hate Lestat. But I can’t hate you, Louis. Louis, my love, I was mortal until you gave me your immortal kiss. You became my mother and my father, and so I’m yours forever. But now it’s time to end it, Louis. Now it’s time to leave him. (Claudia – no filme homônimo)
Livro 2 – O Vampiro Lestat
Lestat é o
principal anti-herói (ou herói, dependendo do ponto de vista) das
“Crônicas Vampirescas” de Anne Rice. Ele é perverso, mau, sádico e
sedutor. Tudo ao mesmo tempo.
Segundo
livro das “Crônicas Vampirescas”, um dos grandes clássicos de Anne Rice,
este livro narra a história do carismático vampiro Lestat de Lioncourt,
a partir de seus dias como humano vivendo no castelo de seu pai,
passando por seu encontro com o vampiro que o transformou, até o
encontro com Akasha, a “Rainha dos Condenados”. A partir daí a história
continua no livro A Rainha dos Condenados.
Infelizmente,
o filme “A Rainha dos Condenados” destruiu toda a profundidade destas
duas partes da obra de Anne Rice, ao contrário do filme “Entrevista com o
Vampiro”. Muita coisa se perdeu e eu aconselho distância deste filme.
Não digo o mesmo quanto ao segundo livro nem o terceiro, do qual falarei
mais a seguir, que são obras imprescindíveis na biblioteca e no
“currículo literário” de qualquer bom fã destes seres carismáticos e
complexos a que chamamos de vampiros.
Encontramos uma versão importada hardcover, só que um pouco mais cara que o Rainha dos Condenados. Em português, essas são as livrarias que estão vendendo. Encontre aqui pelo melhor preço.
Livro 3 – A Rainha dos Condenados
Em “A
Rainha dos Condenados”, Anne Rice, com maestria, nos leva a conhecer a
história por trás do surgimento dos vampiros – ao menos no universo por
ela criado. Este é o livro com mais suspense e mais denso das Crônicas
Vampirescas, confesso que não conseguia parar de ler, acabei devorando o
livro em muito touco tempo. As descrições são extremamente minuciosas,
levando-nos realmente a visualizar os locais em que se encontram os
personagens. Há diversos tipos de vampiros, desde os jovens e opositores
ao status quo, como Baby Jenk, os românticos como Armand e Daniel,
entre outros. A organização Talamasca estuda a história destes seres.
Reunidos em torno de Lestat, mortais e imortais respondem ao chamado de
sua música quase hipnótica, levando-os a um final surpreendente. O som
de Lestat desperta a rainha Akasha, a mãe dos vampiros, a encarnação da
força maléfica feminina, como no arquétipo, uma espécie de Lilith –
disposta a escolher os justos, entre os vampiros, por meio de um banho
de sangue. Atreva-se a não seguir hipnoticamente a leitura até que
chegue à última página.
A quem estiver interessado, achamos o hardcover importado por um preço até que razoável. Em português, você pode encontrar nessas livrarias.
We are the powerful, we are the immortal! We should walk fearless in the open! – Lestat em ‘A Rainha dos Condenados’
2. Drácula – Bram Stoker
“Drácula” é
um romance de 1897, de autoria do irlandês Bram Stoker, tendo como
principal personagem e antagonista, o vampiro Conde Drácula. A obra
serviu de inspiração ao famoso filme de Francis Ford Coppola (vide Top 10 filmes de vampiros).
No entanto, a obra de Coppola, apesar de espetacular, não é uma
reprodução fiel do romance original. Para aqueles que tiverem a
curiosidade de ler a obra original, seguem um pouco mais de informações
sobre o livro.
Este livro
é a gênese do vampiro no imaginário ocidental. Desde seu lançamento, em
1898, tornou-se num êxito comercial. Drácula foi imortalizado por Bela
Lugosi e por Cristopher Lee e, como mencionei acima, revisitado por F.F.
Coppola.
Em termos
estruturais, Drácula de Bram Stoker é uma obra epistolar, ou seja,
contada na forma de uma série de cartas, entradas em diário, diários de
bordo, etc. Há diversos temas filosóficos e sociais na obra, como, por
exemplo, o papel da mulher na cultura Vitoriana, a sexualidade
convencional e conservadora, imigração, colonialismo, pós-colonialismo e
folclore. O livro de Bram Stoker não inspirou apenas o filme homônimo
de Coppola, como também uma série de filmes considerados clássicos, como
aqueles estrelados por Christopher Lee. Muito do arquétipo do vampiro
como o conhecemos através das eras foi instituído nesta que é uma obra
fundamental na biblioteca de qualquer aficionado pelos vampiros.
Veja a resenha completa dele lançada pela Madras. Se quiser comprar essa edição veja onde encontrar pelo menor preço.
She
makes a very beautiful corpse, sir. It’s quite a privilege to attend on
her. It’s not too much to say that she will do credit to our
establishment!3. Vampire the Masquerade (RPG) – Mark Rein Hagen
Para o pessoal “das antigas” de RPG ou aqueles que tiveram contato com esse pessoal ou a obra em si, um clássico!
Na tradução para o português, “Vampiro: A Máscara” (encontramos aqui)
é um cenário de RPG de horror pessoal, com base no sistema Storyteller
da White Wolf e centrado nos vampiros em um mundo Punk-Gótico. Publicado
originalmente em 1991 por Mark Rein Hagen (mesmo ano em que saíram os
livros originais de “Vampire Diaries”), chegou a ter uma segunda edição
em 1992 e uma edição revisada em 1998. O subtítulo “A Máscara” tem dois
sentidos: sendo o primeiro relativo à tentativa da Camarilla de esconder
os vampiros da humanidade, de seus governantes e da mídia; e o segundo,
o esforço dos vampiros de convencer a si mesmos de que eles não são os
monstros que se tornaram.
Em 1992, “Vampiro: A Máscara” ganhou o
Origins Award por Melhores Regras de RPG de 1991. A linha do jogo foi
descontinuada em 2004, mas ainda é encontrado em alguns lugares e é jogado por fãs da forma clássica do jogo, porém foi substituído por regras revisadas e um novo cenário em Vampire: The Requiem (que não gostamos muito).
4. Morto até o Anoitecer – Série Southern Vampire Mysteries (As Crônicas de Sookie Stackhouse) – Charlaine Harris
Eu não sei porque demorei tanto pra ler os livros da Sookie. Sério, talvez fosse porque eu não gosto da série de TV, True Blood… mas que bom que me rendi! Já li dois livros da série (leiam a resenha do primeiro aqui) e já me viciei! Sério mesmo. Se o primeiro livro é ótimo (e o body count é alto, com 19 mortes, hehehe), o segundo conseguiu ser ainda melhor! Os outros seres sobrenaturais, além dos vampiros, são muito bem encaixados – e realmente, a série de TV mudou coisa demais e, de longe, prefiro os livros da Charlaine Harris.
O Eric no segundo livro é
simplesmente hilário! O Sam continua fofo… e rendendo umas cenas também
engraçadas… aliás, humor + vampiros… isso me lembra Buffy, e algum
jornal tinha feito essa comparação. Não é que seja igual a Buffy, que
amo demais, mas tem mesmo esse “quê” de humor, mas no limite, sem nada
muito exagerado… Amei o segundo livro ainda mais do que o primeiro e já
estou me preparando para ler o terceiro… ent!ao, sem sombra de dúvida,
essa série é minha nova predileta, ocupando uma alta posição aqui no Top
10. E, assim que eu tiver lido até o livro 4, faço uma resenha do 2o.,
do 3o. e do 4o aqui no site e coloco o link aqui.
Aprovadíssima!
5. Vampiros em Nova York – Scott Westerfeld
Fiquei impressionado quando comprei o
livro. Não esperava que a arte da capa tivesse um acabamento fosco tão
bom quanto essa. A ilustração, feita no Brasil, faz jus à obra de Scott
Westerfeld, um escritor que está ganhando pouco a pouco a atenção da
mídia e de milhões de pessoas com seus livros “aparentemente” para
adolescentes.
O primeiro livro (“Vampiros em Nova York – Primeiros Dias“)
segue uma narrativa em primeira pessoa, contada por Cal Thompson, um
universitário que descobre estar com um parasita. Ele não desenvolve a
doença que os outros infectados sofrem, virando apenas um portador.
Ganha todas as vantagens e habilidades que o parasita cede para ele e
quase nenhum dos pontos de negativos da doença que costuma transformar
as pessoas em canibais sedentos, em outras palavras, o parasita o
transforma em um vampiro. O primeiro livro fecha um arco, o segundo (“Vampiros em Nova York – Os Últimos Dias“),
embora um pouquinho diferente do primeiro, introduz novos personagens e
adiciona mais elementos à história, sob o prisma de uma banda em meio
ao silêncio que precede o caos. Cal tenta buscar mais detalhes de quem o
infectou, sobre sua linhagem e se depara com diversas coisas
inesperadas.
Os vampiros do livro, chamados de Peeps,
são contextualizados em um cenário urbano atual. Westerfeld usa fatos
históricos, de biologia e medicina para suportar sua versão de vampiros,
mostrando uma visão mais decadente, embora também poderosa dos seres da
noite, com ambientes sombrios que lembram as vielas escuras de Watchmen
e Blade Runner, refletida nas descrições dos bandos de ratos que
acompanham os vampiros, os túneis sombrios e imundos. O mais
interessante é pensar que tudo isso é apenas ao cruzar um prédio
abandonado, uma viela escura ou um alçapão enferrujado bem no meio da
cidade. Ele intercala tudo isso com o dia-a-dia da investigação de Cal
para evitar que outros infectados espalhem a doença por toda a cidade.
A história é recheada de descrições, ora
sarcásticas, ora tristes, com divisões de capítulos com detalhes
nojentos, porém nada menos que a verdade, de algum parasita, para provar
que os humanos e os parasitas coexistem desde o início dos tempos e não
podem viver separados.
Dessa série realmente vale a pena
comprar as versões nacionais, extremamente inovadora em sua proposta,
portanto merece estar no top 10. Em breve faremos uma resenha mais
detalhada dos dois.
6. 30 Dias de Noite – Edição nacional – Devir
Outro conjunto de lançamentos nacionais
que merece destaque é a do 30 Dias de Noite. Ao contrário do fiasco da
adaptação para o filme (que pretendem corrigir com o segundo), os
quadrinhos são muito bem feitos. Escritos pelo talentoso Steve Niles,
escritor de histórias de terror qe também chego a adaptar Eu Sou A
Lenda. As artes são o ponto alto, assinada por Ben Templesmith, fugindo
do tradicional formato americano com ilustrações que saltam aos olhos,
inundando as páginas com muito sangue e suspense. São sombrias e muito
bem coloridas, com acabamento e também uma editoração primorosa da
Devir.
A perseguição faz com que o sangue fique mais doce.
Em resumo, conta sobre uma pequena
cidade no Alaska onde o Sol não dá as caras por trinta dias. Tratando-se
de vampiros isso é o equivalente a um open bar. A história mostra a
tentativa de sobrevivência dos habitantes, do casal Eben
e Stella que são os policiais locais e tentam proteger a população
local de virarem parte do banquete. O tom dos quadrinhos foi definido
com talento em poucas palavras por nada mais nada menos que Clive
Barker, criador dos famosos Cenobitas.
Seu colaborador, Ben Templesmith, forneceu a 30 DIAS DE NOITE um estilo gráfico reduzido ao essencial. Todas as redundâncias foram removidas. As imagens jogam o mundo inóspito de Barrow em foco suave para concentrar nossa atenção nos olhos das vítimas, no seu sangue, ou na delicada simetria de um par de caninos. Não é nada bonito.Mas quando é que uma grande história de horror já foi bonita? Imagino que existam alguns predadores decadentes aí fora que até ficariam elegantes usando veludo, mas os vampiros de Steve não são desse clã. Ele abriu uma veia inédita nestas páginas, evocando um mundo frio e sem alegria no qual o apetite nunca pode ser saciado, e o amor não reconforta, mesmo em plena luz do dia. Na verdade, especialmente em plena luz do dia. – Clive Barker
Em breve faremos também uma resenha da série. Caso haja mais quadrinhos, além desse, quem sabe faremos um top 10 só de quadrinhos sobre o tema. O primeiro volume (da 2a edição) encontra-se indisponível em várias lojas. Quem quiser começar a coleção terá que cutucar a Devir (“Esgotado no Fornecedor”).
7. O Despertar do Vampiro – Saga: Alma e Sangue – Nazarethe Fonseca
Kara Ramos, a personagem principal, uma
independente restauradora de imóveis e antigüidades, gênio forte,
depara-se com um vampiro que acaba de despertar de um torpor e que
deseja comandá-la, que não faz questão alguma de disfarçar suas
atitudes, à primeira vista, meramente machistas, além de não deixar nada
claro em relação à verdade sobre quem ele é realmente (um vampiro), e
ainda por cima, tenta a princípio mantê-la em cativeiro, lançando-lhe
olhares repletos de desejo e admiração. Como ela se sentiria? Sua paixão
pelo “antigo” começa a passar por uma estrada de conflito incessante.
Um tortuoso caminho sombrio e muitas dificuldades virão pela frente
desse “casal”, por assim dizer.
Reviravoltas, suspense, demonstrações de
ódio, lutas, intrigas, inveja e perigo. Como se não bastasse a presença
de todos esses elementos no livro, a imersão no mundo fantástico (os
vampiros) em um ambiente familiar ao leitor (São Luís, no Maranhão) é um
ponto extra que deve ser levado em conta, mas que não é usado como
apenas um ponto de apoio. Para quem curte o visual urbano de “Vampiro: A
Máscara” (RPG da WhiteWolf – EUA, publicado pela Devir no Brasil),
assim como vampiros clássicos como o “Drácula”, de Bram Stoker
(curiosamente ambos aqui em nosso Top 10 de livros de vampiros) pode
adorar esse romance. Os vampiros têm alguns dos poderes bem apresentados
no RPG, e que não ficam forçados na história, além do texto ser escrito
de forma bem poética e empolgante, com reviravoltas e emoções a cada capítulo.Citações:
Kara discutindo com o médico sobre a moral em meio a tudo isso.Outro exemplo:
- Veja você. Para salvar vidas, utilizou-se da morte. Cortou, estudou, dissecou um corpo humano sem vida para ser o que é hoje. Passou sobre seus escrúpulos mais humanos para fazê-lo. Foi frio diante de um cadáver que um dia viveu, amou e teve uma alma, você ainda é humano mesmo assim… …Como Kmam poderia viver sem sangue? A morte sem a vida? Só fazemos o que leva à satisfação de um, de dois ou de um bilhão de pessoas, mesmo que signifique a destruição de todos os outros. Ou se esquece de que causamos guerras fome e miséria?… …Matamos todos os dias e não percebemos…
Resenharemos os volumes seguintes também. Veja aqui a resenha completa (sem spoilers).O vento abalava as árvores de maneira calma e graciosa, espalhando o perfume das acácias no ar noturno. O ciciar era baixo, mas audível. Tudo à nossa volta parecia, subitamente, ter silenciado para que ouvíssemos o doce farfalhar das folhas.
Curtiu? Você encontra ele aqui
8. Universo dos Vampiros – Jonathan Maberry
Um livro
do autor ganhador de diversos Bram Stoker’s Awards, Jonathan Maberry,
não pode faltar na biblioteca daqueles que curtem não apenas a parte
romance (e por romance quero dizer o gênero literário e não o
substantivo ligado ao adjetivo romântico) deste universo dos vampiros. (Vide resenha aprofundada com fotos e detalhes sobre o livro).
É um
material bem interessante e que não trata apenas de vampiros. Um prato
cheio para campanhas de RPG e para a criação de contos de vampiros.
Curtiu? Encontre esse livro pelo menor preço aqui.
9. A Enciclopédia dos Vampiros – Dr. J. Gordon Melton
A
“Enciclopédia dos Vampiros” aborda um grande número de tópicos
históricos, literários, mitológicos, biográficos essenciais sobre os
vampiros. A edição inclui mais de trezentos verbetes, extensamente
ilustrados, abordando de Bram Stoker Arquivo X, passando pela Londres de
Drácula, Nosferatu, Stephen King e A Ghotic Society.
Um livro
de cabeceira – consulta – que não pode faltar para os amantes dos
vampiros mais ávidos por muita informação sobre estes seres da noite.
Confira essa lista das livrarias com os melhores preços para esse livro.
10. A Hora do Vampiro – The Salem’s Lot – Stephen King
O escritor americano Stephen King é um
dos mais ativos romancistas da atualidade. Recluso em sua mansão no
estado do Maine manteve uma produção invejável, já tendo lançado mais de
sessenta livros. Sua obra já abarcou coisas tão díspares entre si como
zumbis, casas mal-assombradas, paranormais, o bicho-papão e os monstros
clássicos mais amados de todos os tempos, os vampiros. Seu segundo
romance, A Hora do Vampiro, representa estes anjos da escuridão da forma
como ela foi consagrada por Bram Stoker tanto tempo atrás. Maus, mas
extremamente sensuais e poderosos com a morte estampada em seus olhos
rubros como sangue. Nada de vampiro vegetariano aqui. Eles são os que
caminham com o odor fétido e pútrido das sepulturas e nunca conseguem
saciar sua sede.
Mas A Hora do Vampiro não é só vampiros.
Talvez nem merecesse estar aqui se fosse. Com estas criaturas King
brinca com nossos medos mais secretos, resquícios da infância que jazem
esquecidos no canto mais obscuro do cérebro. Medo do se que esconde por
baixo dos cruéis véus da noite. Do monstro embaixo da cama ou dentro do
armário, à espreita. De perder os pais. Todos esses medos voltam. Um a
um.
E ao mesmo tempo há a tentação. Por que
não se tornar logo um deles? Não são fortes e belos? Não são poderosos?
Não são os que escarneceram da Morte vivendo os séculos como as horas
que passamos lendo um livro?
Isso tudo é apenas a cobertura do bolo
de A Hora do Vampiro. Dentro dele se encontra muito mais. Coisas que não
devem ser reveladas aqui, mas que te farão pensar duas vezes antes de
convidar alguém para entrar em sua casa.
Curtiu? Veja:
Edição mais barata (estilo pocket, mas bem feito, da Ponto de Leitura)
Edição especial maior da Objetiva
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