- Garoto … você não quer falar agora o que aconteceu de
verdade com a sua mão ? – disse o policial demonstrando que sua
paciência estava acabando, de pé, olhava o garoto brincando com os
carrinhos de brinquedo
- Mas .. eu já falei o que aconteceu, seu guarda. – Disse o garoto
parando por um breve momento com os carrinhos para poder olhar para a
mãe que naquele momento, estava conversando com dois outros guardas
- Hum … a história que sua mãe contou. Você realmente perdeu essa mão
brincando no ferro-velho? – Disse o guarda, agora olhando para o toco
que antes devia estar uma pequenina mão de criança. O toco fedia …. o
cheiro que saia da mão do garoto era péssimo, deixando o ar em sua volta
pesado. Era quase impossível ficar muito tempo perto daquela criança
com todo o fedor de carne e pus que saia do toco
- Si … sim ,senhor. – A criança parou por um momento. – Você sabe,
Deus escolhe muitas das mãos de seus filhos para poder fazer o seu
trabalho na terra … a minha … só não é mais necessária, seu guarda.
O que fedia mais do que o pus e carne podre naquele momento, era o
cheiro de conversa ensaiada e o policial sabia muito bem como reconhecer
esse cheiro. Um garoto daquela idade não ia falar tais palavras sem que
tivesse escutado algo semelhante ou que fosse mandado falar.
- Olha, garoto, o momento de falar é esse. – O guarda
virou para verificar se a mãe ainda estava conversando com os guardas.
Ela entretinha-os conversando sore a igreja e do senhor todo poderoso. –
Se tem algo sobre o que falar sobre como você perdeu sua mão, que fale
agora! Eu posso te ajudar, moleque!
( Porque você quer saber tanto, maldito? )
- Já disse seu guarda. Foi no ferro-velho. – o garoto parou de
brincar com os carrinhos. Escondeu o rosto por um momento, talvez para
que o guarda não visse a lagrima saindo do rosto. Quando levantou o
rosto para ver a mãe, ela estava retribuindo o olhar. O olhar daquela
mulher tinha algo errado … algo sombrio. ALGO NÃO ESTAVA CERTO! – Sei
que o senhor, grande Pai … tem planos para um garoto como eu, sim eu
sei.
O guarda não conseguia aceitar que o garoto estava fazendo. Aquilo
não era certo. Com certeza ele estava tentando encobertar alguma coisa
que a mãe havia feito. Quando o guarda olhou para a mulher que
conversava com o delegado e um outro amigo policial, ela virou para
retribuir o olhar, quase que no mesmo instante. Sorrindo.
- O que você está escondendo, vadia! – pensou sozinho.
O delegado soltava-lhe um sorriso e dizia palavras doces para acolher
a angústia, que certamente era fingida pela mulher. Ela agarrava
fortemente um livro de aparência bem antiga de baixo de seus braços. Na
verdade o livro estava com a capa aos pedaços. Aquilo parecia mexer com
ela .. parecia deixar ela mais escura e ao mesmo tempo mais forte. O
policial foi ao encontro da mulher e:
- Oi senhora. Isso de baixo de seus braços é a bíblia por um acaso ? – perguntou.
- Sim, senhor. Você sabe, a palavra do senhor é de muita ajuda nesses
momentos tão difíceis. – Ela sorria, a cadela sorria! A cada palavra
que ela soltava pela boca, os dedos mais apertavam o livro debaixo de
seu braço direito.
- Sim, eu entendo. Deve ser difícil ver um filho sem uma mão. – A
alfinetada foi de propósito. A mulher de um segundo para outro,
transfigurou seu rosto de uma mulher jovem e bonita para a de uma
carranca horrorosa, quase que não humana.
- Você não tem filhos, né ? Nunca poderia saber o que é ver um filho
daquele jeito. – Ela respondeu a alfinetada. Ela se entregou ali, e ele
sabia disso! Mas aquele rosto … parecia ficar mais sombrio a cada
instante.
- Não … realmente não posso saber. Posso dar uma olhada na sua bíblia
? – Os dedos da mulher se enrijeceram de uma forma inexplicável. Ela
apertou o livro de baixo de seus braços e o seu rosto … mesmo parecendo
que não houvesse mais jeito ou maneira, eles ficaram ainda mais
sombrios. Seu olhar ao policial foi intenso e cheio de ódio e ele podia
sentir aquilo dentro de seus ossos.
( O que você quer afinal, seu porco? )
- LEONARDO! Deixe a bíblia com a mulher. – Interrompeu o delegado. –
Você com certeza tem uma dessa na sua casa, e eu acho, que ela precisa
mais dessa do que você no momento. – terminou o delegado voltando com um
sorriso para a mãe do garoto. Ela retribuiu o sorriso.
- Certo… – a muito contragosto, mas o fez do mesmo jeito. Ele sabia que havia algo errado naquilo tudo.
Após algum tempo de conversa entre o delegado e a mulher, eles
resolveram se despedir. Leonardo ainda sentia o cheiro de carne pútrida
em seu nariz pelo coto do garoto, e o via brincar de maneira triste com
os carrinhos. Os dois policiais se despediram primeiro e foram de
encontro ao carro, Leonardo foi o último a apertar a mão da mulher.
- Leonardo, não ? Bom nome, eu acho. Você deveria dar uma
olhada na bíblia, acho que ela vai ser importante para você daqui para
frente. – O sorriso da mulher foi muito mais negro naquela hora.
Leonardo apenas agradeceu e saiu da casa, mas antes de fechar a porta
olhou uma última vez para a mulher … ela apertava o livro novamente e
nesse momento, a luz da casa pareceu diminuir e piscou algumas vezes …
como se houvesse algo pesado no ambiente … e aquele sorriso dela …
Ele virou-se e saiu da casa. Não gostou de como tudo terminou, o
garoto ainda preocupava-lhe … mas foi por pouco tempo. Quatro dias
depois a casa em que o garoto e mãe moravam foi incendiada até sobrarem
apenas os destroços. Mãe e filhos mortos no incêndio.
( Você, terá o que merece , hipócrita! )
Leonardo e Josué se dirigiam de carro a casa onde fora encontrada
mais uma pessoa morta. Como relatava, o morto não havia uma das mãos e
os olhos foram trocados por pedras preciosas … rubis. A empregada havia
chegado um pouco mais tarde na casa, pois estava numa consulta médica … e
quando chegou .. não foi nada bonito o que encontrou. Apenas um
policial havia entrado na casa para ver o que acontecera e ligou aos
berros para a delegacia. O livro que lhe foi entregue por Alícia, irmã
da vítima anterior, estava no seu colo enquanto ia no banco de
passageiro no carro. Josué dirigia como um louco, sua raiva era visível.
Era de se esperar, já não era bom o bastante um assassinato brutal,
agora dois já era mais do que dava pra aguentar.
- Não acredito que ainda não pegamos o cara que fez isso! – disse Josué sem tirar o olho do asfalto.
- É .. – As palavras já não saiam da boca como queria. O livro no seu
colo, parecia ter o peso cem vezes maior do que aparentava … e a
vontade, a vontade abri-lo era demasiadamente grande, irresistível. –
Onde estamos indo, afinal ?
- É um sobrado na rua José Maurício Franco Rodrigues, no bairro Vila
Bernadete. O corpo foi encontrado lá. Foi a empregada que achou o corpo …
estranho, não é ? O Ailton que avisou a central.
Os investigadores chegaram a casa … o tumulto já havia se criado
naquele local. Alguns vizinhos e moradores que estavam próximos do local
foram presenciar o espetáculo dantesco da morte, onde os policiais os
empurravam e faziam uma área de proteção para que nenhum civil entrasse
na casa do morto. Logo todos saíram quando souberam um pouco mais da
cena encontrada. A parte da frente da casa estava totalmente destruída. A
porta tinha três arranhões … como se fosse algum animal tentando entrar
no local. Depois de terem o acesso liberado, entraram na casa. O cheiro
de morte era extremo, podendo ser sentido desde a porta quebrada. Os
arranhões continuavam pelas paredes da construção … depois de passarem
da sala, os arranhões foram procedidos de sangue … Mais e mais
espalhando-se pelas paredes e cômodos da casa.
- Mas que merda é essa Leonardo ? Algum idiota trouxe um tigre pra poder fazer esses rasgos na parede?
- Vamos onde está o corpo logo e sair dessa casa … – As palavras
saiam quase como um gaguejo misturado com o lamentar da morte. Leonardo
reparou que não deixou o livro no carro … ele, ele não podia ficar no
carro.. NÃO PODIA!
Leonardo encontrou o outro policial na cozinha , quase catônico. O
policial era o cabo Ailton, aquele que havia sido o primeiro a entrar na
casa.
- Oi Ailton … alguma coisa pra gente ? – perguntou Josué, atrás de Leonardo.
- Não … não consigo falar. Vocês tem que ver o que aconteceu com o
dono da casa. – Ele estava realmente alterado. O corpo com certeza havia
perturbado Ailton.
- Bom Ailton … leve a gente lá onde está o corpo e vamos sair logo
daqui. – disse Leonardo. Quando Ailton ouviu a sua voz, olhou
diretamente nos seus olhos… Medo, eles mostravam o medo que estava
encravado profundamente em seus ossos.
Quando o policial companheiro virou-se para andar e levar os
policiais ao morto, ele se deparou com a visão do livro nas mãos do
investigador-chefe. As pernas deles tamborilaram , e se não se tivesse
se segurado na pia da cozinha, teria caído feio.
- Com isso ai não, chefe! – Disse Ailton.
- Isso ai o que, maluco ? Ta vendo mais alguém aqui ? – disse Josué.
- To falando com o chefe, seu porco! Aquilo ali … nas mãos dele. – Os
olhos amedrontados de Ailton se viraram e apontaram para o livro nas
mãos de Leonardo enquanto Josué tentava ignorar a ofença. – Eu vi isso,
eu juro! Quando entrei na casa eu vi isso!
- Você viu isso como, Ailton ? – A voz de Leonardo ainda tremia, mas o seu espírito curioso não conseguiu ignorar a pergunta.
- Quando eu entrei na casa .. sozinho … a casa cheirava podre. O
cheiro era muito forte, senhor. Eu peguei a minha arma e chamei ajuda
pelo rádio … a empregada gritou aqui na cozinha. Quando entrei para
averiguar o porque ela tinha gritado, eu vi … EU VI AQUILO! ELE TAVA
SEGURANDO ISSO AI QUE TA NA SUA MÃO, SENHOR!
- Se acalme, porra! Quem estava segurando o que, Ailton ? – perguntou Josué perdendo a paciência.
- O bicho. O negócio que fez os riscos nas paredes. Eu vi o que foi …
era enorme … o fedor da casa estava muito mais forte quando ele estava.
– Ailton olhou pra baixo, perdendo de novo o equilíbrio. Os policiais
se entre olharam, passando a mensagem que o policial estava louco.
- Onde está o corpo, Ailton ?
- No quarto … lá em cima. Por favor, não quero ver de novo.
- Tudo bem, você não precisa ir.
Josué chamou pelo rádio que precisavam de um médico para Ailton na
cozinha, e junto de Leonardo, começaram a marcha até o quarto no andar
superior do sobrado. Como era de se esperar, os riscos continuavam e o
sangue espalhado era cada vez maior. O livro ardia nas mãos de Leonardo,
e cada passo esquentava mais. A dor era imensa, mas seus dedos não
conseguiam se livrar da capa do livro.
( Está gostando, porco ?)
Quando os dois chegaram a parte de cima, havia um rastro de sangue
que levava até uma porta aberta, onde era a certeza de se encontrar o
corpo da pessoa morta. Os arranhões nas paredes agora se contornavam de
forma irregular pela parede, vindo de todos os lados, mais fundos.
- Eu devo estar ficando louco em acreditar nisso … – disse como se fosse sozinho. – Afinal, não existem monstros, não é ?
- O que… o que disse ? – gaguejou Josué.
- Nada … pensei alto, só.
Os dois andavam muito devagar, com medo de encontrar alguma coisa
errada no quarto. Ao chegarem na porta , o cheiro de morte dominou suas
narinas. Sentiam que os pelos dentro de seus nariz, estavam queimando
pelo odor ferrenho. O corpo do homem, estava nu, deitado no chão ao lado
da cama. Dessa vez acharam o corpo, e ele fora marcado por três unhas
no peito. Josué colocou as luvas de borracha para poder examinar o
corpo, e quando Leonardo foi fazer o mesmo a mão que segurava o livro
ardeu, deixando o livro cair pelo chão cheio de sangue.
- Merda! – gritou assoprando a mão.
O Livro caiu aberto, a página mostrava um grande réptil negro, com
garras parecidas com aves de rapina .. mas um pouco maiores. Os dois
investigadores não conseguiram esborrar nenhuma reação além de espanto e
medo .. Josué tremia, irritando Leonardo, que tentava não fazer para de
fazer o mesmo.
- Que merda é essa Leonardo ? O que aconteceu ?
- A porra do livro, ele queimou a minha mão!
As luzes do quarto e da casa foram diminuindo. O fedor de morte,
sangue e podridão ficou mais intenso até que as luzes da casa começaram a
piscar. O dia começava a escurecer … mas dentro da casa já era noite.
Josué foi pegar o livro do chão e sentiu sua mão arder também.
- O que tem nessa porra de livro, Leonardo ?
- Eu vou lá saber, cacete!
- Tem escrito algo no nome do bicho … Rak … rako.. rakos – disse
Josué gaguejando novamente – não consigo ler isso inteiro, PORRA!
- Deixe essa merda ai ! Chame alguém aqui para trazer luz !
- O meu rádio ficou lá embaixo com o Ailton. MERDA!
Um barulho de vidro quebrando-se foi ouvido. A luz do quarto
apagou-se por completo, precedido do barulho do vidro caindo no chão do
quarto. Tudo era escuro, medo e podridão. Leonardo perdeu todos os
sentidos, não conseguia encontrar a silhueta de Josué naquele breu. O
medo de estar sozinho tomou conta de seu corpo. A mão foi até o coldre
para pegar a sua pistola … não queria ficar naquele escuro desarmado.
- JOSUÉ! VC ESTÁ AQUI ?
- Pare de grita no meu ouvido, merda!
- Cade o resto dos policiais ? Alguém apagou a luz, certeza!
- Esses idiotas não sabem que fica difícil fazer uma investigação em
um morto com a luz apagada ? ACENDAM A LUZ! SEUS MERDAS, ACENDAM ESTA
PORRA!
O terror de estar sendo observado dominou Leonardo e Josué .. os dois
sentiram alguém olhando eles, mas naquele escuro não era possível
encontrar de forma alguma o que era. Leonardo ouviu uma respiração
ofegante nas suas costas, sendo impossível naquele momento conter a sua
bexiga. Não queria olhar para trás, fosse o que fosse, não queria saber o
que produzia aquela respiração. A vida de Leonardo as vezes teria sido
mais fácil se a curiosidade não lhe tomasse conta por completo, pois,
mesmo com todo o medo ocupando todas as células de seu corpo, ele teve
que olhar para trás.
… A respiração que vinham de suas costas ficava mais esbaforida.
( Não era isso o que você queria ? ERA, NÃO ERA ? )
Leonardo se virou para finalmente ver de onde vinha aquela
respiração, seja por coragem ou demência. Os olhos dele fitaram dois
olhos felinos pelo escuro do quarto … como se fossem feito de puro
topázio. A criatura detentora daqueles olhos não se demorou para se
mover e antes que pudesse gritar para o seu parceiro ou mirar para o que
quer que fosse aquilo, a criatura soltou um silvo estridente e em um
piscar de olhos, passou por cima de Leonardo e Josué, derrubando-os
violentamente pelo chão, fazendo um arranhão profundo no ombro de Josué.
- AAAAAAAAHHH! – gritou o parceiro de Leonardo.
A criatura correu para a parte de baixo da casa … nenhum som dos
policiais que estavam lá fora a quase uma hora antes foi ouvido. – QUE
PORRA FOI ESSA LEONARDO ?
- Não sei, fique quieto e tente acender uma luz! –
Leonardo não havia percebido … mas seu braço estava agora empapado de
algo com cheiro de ferro. SANGUE … seu próprio sangue! O quarto
totalmente escuro repleto do cheiro de sangue parecia naquele momento o
próprio inferno.
Leonardo pegou o esqueiro dentro de seu bolso onde guardava os
cigarros e acendeu … pior que não tivesse feito. O dono da casa, o
morto, agora estava se arrastando pelo chão … os rubis no lugar dos seus
olhos agora cintilavam com a luz do esqueiro. O homem chegou perto do
livro, e quando foi colocar a única mão que lhe restava agora em cima do
livro, Leonardo juntou suas forças para se levantar pegando o livro e
assim que estava com eles em mão, chutou o morto-vivo no rosto. O livro
não queimava mais em suas mãos … mas aquele homem morto ainda gritava
como se estivesse vivo e sentindo muita dor. A criatura estava
arranhando o próprio rosto, como se estivesse sentindo toda a dor dos
olhos arrancados. Leonardo juntou o resto de suas forças e puxou Josué
para fora do quarto pela mão.
… A porta do quarto fechou abruptamente nas cotas dos dois investigadores.
Leonardo ajudou Josué a se levantar. Josué pegou a arma no coldre com
a mão do braço que não fora machucado e seu parceiro e chefe, acendeu
mais uma vez o esqueiro.
- AHHHHHHHHHHHHHHHH …. NÃOOOOOOOO! NÃOOOOOOOOO! – ouviram a voz de Ailton na parte de baixo da casa.
Os dois correram para descer a escada. Quando chegaram a porta da
cozinha … O esqueiro de Leonardo iluminou o local, mostrando uma
silhueta enorme, com mais de dois metros de altura.. e … e, cheio de
escamas. A criatura se assustou com as chamas que saiam do esqueiro e em
um piscar de olhos ela tacou algo com força sobre os dois
investigadores. Josué caiu novamente com o peso e segurou o que foi
tacado em seu peito … era a cebeça de Ailton … SEM OS OLHOS!
- QUE MERDA É ESSA! QUE MERDA É ESSA! – gritou Josué assustado ao ver a cabeça.
- ATIRA NELE!
Josué disparou três tiros na criatura, o barulho das balas acertando o
peito da criatura foram abafados … aquilo não estava dando certo!
( Com medo agora, Senhor investigador-chefe ? )
- Sai daqui, bicho maldito! – gritou Leonardo levantando o esqueiro para o bicho.
Por medo do fogo, ou por sorte a criatura recuou de Leonardo. Seus
olhos exalavam a raiva que sentia no momento. O bicho se esgueirou pelas
suas duas pernas, ou patas .. o que quer diabos fosse aquilo e pulou
para fora, quebrando o vidro e grade na cozinha sem nenhum esforço
aparente. Dois rubis estavam no chão da cozinha … as pedras tinham
tamanhos de laranjas e com certeza o destino dela seria onde estavam
antes os olhos de Ailton …
- Que diabos foi isso que aconteceu, Leonardo ?
- Não sei … mas sei que ninguém vai acreditar nesta porra!
Os rubis cintilavam com o fogo saindo do esqueiro de Leonardo,
fazendo a cozinha da casa um lugar iluminado e bonito na noite. As luzes
da casa voltaram.
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